O Estado está arrasado, os servidores recebem em doses homeopáticas, a moral do gaúcho está arruinada. A indústria nacional e gaúcha foi sucateada, o comércio e os serviços não conseguem gerar o número de empregos necessários para movimentar a economia. A agricultura está salvando o Estado com crescimento dos preços internacionais (commodities) e com o aumento da produtividade, que vem crescendo num esforço árduo do agricultor, mas não é suficiente para alavancar a economia. A pecuária foi dizimada pela política de concentração do grande frigorifico, longe do produtor, e gerador de desemprego nas regiões históricas de produção de carne.
A crise gaúcha começou a se agravar no governo Antônio Britto, que refinanciou a dívida do Estado em condições desastrosas e não conseguiu equilibrar o déficit público.
O governo Olívio Dutra mandou embora a Ford, que poderia ser a melhor opção de desenvolvimento industrial, com a possibilidade de gerar um grande polo industrial e gerador de empregos, tendo também aumentado o déficit primário.
O governo Germano Rigotto não fez nada, mas aumentou ainda mais o déficit.
O governo Yeda Crusius foi a único que conseguiu equilibrar as contas, fez uma administração técnica, começou atrasando salários, mas, no segundo ano, já pagava em dia. Para isso, teve que tomar medidas não populares e não conseguiu fazer tudo que precisava para tirar o Estado da penúria.
Aí, veio o governo Tarso Genro, que foi o pior de todos. Apropriou-se dos depósitos judiciais, tomou um empréstimo para construir estradas e pagou salários, deu aumentos fora da realidade aos funcionários públicos, mas, ao mesmo tempo, não pagou o piso do Magistério, criado por ele quando ministro da Educação. Não respeitou o simples nacional, arrochou os empreendedores. Acabou com a pequena e a microempresas do Estado. E deixou um déficit primário maior ainda.
Como sair dessa situação, governador Sartori? Até agora, o senhor não fez nada!
É preciso pensar em soluções de médio e longo prazos para reverter a situação. É necessário mudar o perfil da dívida do Estado e, fundamentalmente, investir em infraestrutura para gerar empregos e fazer a roda da economia se mexer. O que é preciso fazer? 1) Buscar financiamentos internacionais com juros baixos e prazos de 20 anos para investir em estradas, melhorar as condições de escoamento das safras agrícolas que estão salvando o Estado. 2) Renegociar com o governo federal um prazo de carência, para poder pagar os servidores. 3) Congelar os salários dos servidores públicos por dois ou três anos, mas pagar em dia. 4) Incentivar as pequenas e microempresas a se desenvolverem. 5) Incentivar a exportação de produtos manufaturados, e não commodities sem valor agregado. 6) Reduzir os impostos para aumentar a arrecadação.
7) Melhorar a área de fiscalização e arrecadação. 8) Centrar o foco das atividades do Estado em educação, saúde e segurança. Sem esquecer da infraestrutura.
Governador, faça a diferença. Ou, então, caia no esquecimento.